De barco até Battambang

Após 10 dias em Siem Reap decidimos rumar a Battambang. Existiam diferentes formas de lá chegar, mas desta vez não optámos nem pela mais barata nem pela mais rápida. De forma a podermos ver as floating villages (vilas flutuantes) decidimos fazer uma viagem de barco de 7 horas pelo Tonle Sap - o maior lago do sudeste asiático  (21$ vs. autocarro de 4 horas a 6$).


Como descrever esta viagem? A Lena a pedir desesperadamente que matassem as aranhas que entravam enquanto o Fábio curtia no piso de cima do barco a aventura de atravessar os arbustos a alta velocidade e ficar cheio de formigas, aranhas, gafanhotos e outros insectos.

Em cada aglomerado de casas o nosso barco parava e faziar soar uma buzina imponente que alertava os moradores da sua passagem. Imediatamente começávamos a ver pequenos barquinhos a sair de suas casas flutuantes em direção ao nosso barco para entregar ou recolher encomendas, e assim em meia dúzia de minutos arrancávamos novamente.


As casas Khmer sobre a água têm a sua magia, com cores infinitas e os sorrisos das crianças quando passávamos.




No entanto, ficámos com um sabor agridoce quanto a esta passagem de barco: por um lado foi interessante ver a vida nas floating villages, por outro lado o stress por causa da passagem pelos canais quase dominados na sua totalidade pela natureza que trouxe a bicharada e alguns arranhões nos braços, assim como o tempo e preço pareceram-nos algo exagerado.

Após esta viagem algo atribulada de barco, chegámos a Battambang e começámos  a explorá-la.

O centro da cidade é atravessado pelo rio Sangkae, o que lhe confere um ar distinto. Dado ficar entre Siem Reap e Phnom Penh, muitos visitantes estão apenas de passagem. De facto, o centro da cidade não oferece muito para visitar, pelo que uma noite em Battambang será o ideal.
Passando por Battambang há, no entanto, fora da cidade algo obrigatório no vosso roteiro: subir o Phnom Sampeou assim como assistir à saída dos morcegos da gruta (bat caves).

Juntamente com outro casal que conhecemos optámos por ir de tuk-tuk até à base da montanha e começar a subir. Com cerca de 100 metros de altura, no topo desta montanha encontrámos um pagode o que confere alguma misticidade ao local. Ainda assim, o que sublinhamos como o melhor da subida a Phnom Sampeou é a vista única lindíssima sobre os campos envolventes.





Aquando da súbida encontrámos três grutas como locais de culto budista (Pkasla, Lakhaon e Aksopheak) assim como alusões à impiedosa violência dos Khmer Rouge, que usaram algumas grutas do Phnom Sampeou como campos de chacina.
Às 18 horas, quando chegámos novamente à base da montanha, pudemos observar o fantástico espectáculo de mais de 6 000 000 de morcegos a saírem da gruta onde dormem em direção à cidade.


Vale a pena passar em Battambang para subir a Phnom Sampeou!

DICAS:
- reservem tempo suficiente para ver Phnom Sampeou, os seus templos e grutas e as vistas que a montanha encerra. Cerca de 3 horas deverá ser tempo suficiente. Tentem coordenar para estarem novamente na base aquando da saída dos morcegos.
- recomendamos vivamente o Lucky Hostel, um hotel super limpo!
- se forem de barco, cuidado com um possível esquema: o barco parou a 12 km da cidade e havia condutores de tuk-tuk na margem a dizer 'última paragem!' e com os nossos nomes e do hostel numa folha de papel. Saímos e pediram 10$ para nos levar à cidade. Conseguimos negociar para os 2$ a dizer que íamos a pé. 

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